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quinta-feira, 4 de junho de 2020

AMOR, VOLÚPIA

Deixa eu te abraçar avidamente,
 Como se fosses
 Frágil menina.
 Deixa eu te morder os lábios quentes
 Num'ânsia quase
De um'agonia.


Deixa-me beijar então teu ventre
Qual venerasse
A pele fina.


Usa-me, que eu quero ser brinquedo
 Dos teus regalos
 E teus caprichos.


Quero te desfrutar inteiramente,
 Qual foras néctar,
Licor ou vinho.

Vou no gozo chegar à Via-Láctea
 E te encontrar
 N'alguma estrela,
 Num asteroide
Ou paraíso.


 2015

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