Rostos tristes
E assustados ante a noite opaca e sem lua.
Tudo é breu,
É pavor, é morte, desespero, só tristeza.
Foi-se embora do planeta a aurora
Passarinhos cantam cantos inauditos,
Tentando despertar a vida inutilmente.
Agora é noite,
É profunda noite negra que não finda,
Inclemente inferno que se abate sobre os homens,
Enquanto os céus se fazem surdos às orações.
Solidão
Imperando nas ruas, cidades e bairros,
E um olhar desconsolado n'algum beco.
A doença cuspiu na poesia
E a fez feia, prostrada e moribunda,
Noite triste
E assombrosa a assustar os corações.
Não, nunca amanhece,
Não mais há manhãs nem tardes, mas somente
Algum crepúsculo e as madrugadas de silêncio sepulcral.
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