Meu Deus, que silêncio
nos becos, esquinas,
nas ruas, sobrados,
Trazido no vento
das mil fortalezas!
Seria o prelúdio
dos gritos medonhos,
dos breus diminutos
com cheiro de sangue,
ali no porvir?
Seria a antessala
das rédeas, mordaças,
dos olhos fechados,
dos peitos calados,
das mentes vazias?
Será que os demônios
horrendos, ferozes,
com garras agudas...?
Virão, pavorosos,
os vis canibais?
Meu Deus, que silêncio
que aperta meu peito,
arregala meus olhos!
Meu corpo tremendo:
meu Deus, que silêncio!
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