Cala,
E não terás para ti apontado o ódio,
A repulsa, a antipatia,
O fastio, o escárnio.
Cala,
E não farás desafetos e traidores.
Cala,
Fala apenas aqui,
Pois quem não quiser te ouvir, não te leia,
Que abandone tuas páginas escritas.
Cala,
Não fales.
Se não consegues conter a indignação e a revolta,
Que apenas aqui te manifestes.
Cala, não fales,
Mas apenas cria,
E aí serás senhor das chuvas e dos ventos,
Conduzirás o tempo e os destinos,
Serás assim poderoso como um deus.
Cala,
Permanece silente
E mantém apenas teus olhos atentos
Ao mundo,
À vida.
Concebe aqui tuas idéias e pensamentos,
Mas não verbalizes,
Porque o mundo é uma armadilha mortal
E as pessoas são lamentavelmente nocivas.
Por isto cala,
Cala como se não pensasses,
Como se nada visses,
Como se fosses nulo,
Cala como se não corresse
O sangue por tuas veias.
Mas cala, amigo, não fales!
Cala, amigo, por Deus!
Cala, por favor, amigo,
Cala!
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
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