Ah, eu venho triste como a noite fria
Em garoa infinda, luzes tão opacas.
Ah, eu venho triste como se vivesse
Derradeiras horas, sem as mãos de afeto,
Sem o pranto insano de mulher amada.
Ah, eu venho triste como se adiante
Tudo fosse negro, fosse desalento,
Como se faltassem todas minhas forças
E eu tombasse lentamente sobre a morte.
Mas eu venho triste como se este mundo
Todo se apagara, não houvera vida alguma
Em nenhuma rua, em nenhuma casa,
Fora eu fantasma e vagara pela brisa.
Mas eu venho triste como se um gemido
De animal sofrido varasse a minha alma,
Como pouco a pouco me desintegrasse
E nada existisse que me resgatasse
E, porém, um alívio me tocasse o triste espírito
Ao sentir chegando meus momentos derradeiros.
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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sábado, 6 de abril de 2013
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