Quem é esse traste que dorme,
Que fede a fumo e cachaça,
Ressona no quarto sombrio,
Fechado e desarrumado?
É o mesmo poeta que há pouco
Cantava o sorriso da moça,
Dizia que a noite é um negrume
Tão bom de se poetar.
Quem é esse velho imprestável
Que rosna o que não se entende,
Enquanto rola na cama,
Num sono agitado de ébrio?
É aquele poeta que disse
Que a tarde é momento divino
De a vida dançar de alegria
E o peito buscar emoções.
Agora é o langanho que dorme,
Que atrai desprezo e chacota
O homem que traz sempre sonhos,
Que sente profundo no peito
As dores e o belo do mundo.
2013
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quarta-feira, 12 de junho de 2013
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