O que faço de mim mesmo,
se fui seu como seus lábios,
s'inda tenho nas narinas
seus aromas de enlevar?
O que faço desta vida?
Fico imóvel sob a chuva?
Rezo à chuva que me leve
Pr'um lugar que ninguém viu?
Tive ganas de apertá-la
e pedir que não se fosse,
mas calei o meu suplício:
Ah(!), quem dera um temporal...
O que faço da existência,
se os momentos que vivemos
são lembranças que perfuram
minha carne devagar?
O que faço dos meus passos,
se fiz planos de concreto,
fiz projetos de utopia:
como fico sem você?
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quinta-feira, 23 de abril de 2015
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