Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015
ALGOZES DA VIDA DO MUNDO
Quando o sol veio como fogueira
e secou plantações e florestas,
trazendo a morte e a fome,
não era a fúria de Deus,
era o dedo sujo dos homens,
que não sabem senão destruir.
Quando agrestes e matas arderam
em labaredas tão giganterscas,
não era a maldade do Demo,
mas de homens piores que ele,
que adoram queimadas e mortes,
cultuam somente o lucro,
num deleite tão bestial.
Quando vendavais imensos zumbiram,
tombaram o que havia em seu curso,
trouxeram tempestades dantescas,
imergindo, soterrando e matando
crianças, idosos e bichos,
foi tudo fruto do estupro
de humanos à natureza.
Dizei-me, Deus, respondei
que inferno puniria a contento
pecadores tão sujos e infames,
pessoas tão más e tão sórdidas?
Se, Deus, sois justo, falai
por que os deixastes nascer
pra desgraça tão grande do mundo?
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