Ah, me dar à poesia
como quem orasse ao cosmo
num fervor sem ter igual...!
Ah, cantar co'a devoção
dos amantes à luxúria,
do guerreiro à sua luta...!
Ah, deitar co'a natureza
e deixar que adentre a alma
a cantiga a vir dos céus...!
Ver brotar poema-prece
dos amenos sentimentos,
das candentes emoções...
Confundir co'a lira a reza...
Ah, fundir a lira e a reza,
caminhando nas palavras,
levitando nos meus versos,
num amor de olhar canino,
co'a pureza de animal!
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