Ah, desculpa o mau jeito, querida:
Se te disse palavras tão duras,
É que foi tão demais a bebida,
É que foi tão de menos o afeto
Que me deste e me fez tão vulgar.
Os meus beijos te foram tão quentes,
Os teus olhos me foram tão frios;
Os momentos pra mim foram lira,
Mas pra ti foram ferro e cimento.
Ah, me conta por que fui à Lua
E por que não saías do chão.
Eu me dei a falar poesias,
E dizias dinheiro era tudo.
Ah, perdoa se fui tão amante:
Te perdoo se foste broxante.
Ah, mulher, me perdoa, que eu mudo
E me amoldo ao teu jeito distante.
Eu te levo a beber em Iguaba,
Peço caldos e até camarão,
E te faço sentir uma dama
Das que moram diante do mar.
É que tua boca me endoida,
Tuas coxas, meu Deus, ai, me matam!
O teu rosto bonito me encanta,
Teu corpo me faz delirar.
Ah, morena, nasci pra te amar!
[Esse poema é uma letra de samba que fiz para Marcelo Bizar, parceiros de tantas músicas, colocar uma melodia de samba. Assim que ele musicar, divulgarei a canção]
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