O rosto de seda
Da moça bonita
Não tem poesia,
Nem sol, nem luar:
Não traz fantasia,
Não faz divagar.
Os muro de pedras
Com marcas de musgo
É pedra, só muro:
Não traz a lembrança
Dos beijos e abraços
De antigos casais.
O samba não toca,
A gente não dança,
A luz não se acende,
A rua é deserta:
Não brinca no peito
A menor ilusão.
A praça deserta
Não tem meninada,
Casais se beijando,
Poeta ou cantor:
Nenhuma doçura
Se sente no ar.
Cadê o horizonte?
Que foi do arrebol?
Fecharam-se as casas,
Janelas, portais:
Partiu a esperança,
Só resta morrer.
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