Eu preciso, sim, que os [seresteiros se revezem
Em suas cantigas lamentosas, [doces, cheias de passado,
De saudade, nostalgia, de paixão [e solidão.
Eu preciso sair atrás dos violeiros
Que espalham poesia pelas ruas,
Pelos bares, becos, por jardins e [por pracinhas,
Arrebanhando em seu caminho a [multidão.
Quero seguir a turba nessa [marcha maviosa
E sair murmurando cantos lindos
Como quem acompanha, [devotado, a procissão.
Quero fios de lágrimas nos olhos [das mulheres;
Quero os homens cheios de ilusões da [adolescência,
A alegria e a tristeza se abraçando
Num sentimental e elevada [comunhão.
Quero ver em cada ser humano [um poeta,
Em cada olhar, uma uma paixão, [pureza romanesca,
Em cada casal, uma entrega [simplesmente transcendente
E a poesia irmanando toda a [gente emocionada,
Em sentimentos tão sublimes e [repletos da mais plena [enlevação.
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