E se a solidão se transformar em angústia
E te der desejo de correr despida pelas ruas?
E se o silêncio te encher a alma de agonia,
E a noite te parecer tão negra e fria,
Que tu desejes te lançar pela janela
Do apartamento, num voo descabido e impossível?
Aderirás a uma seita em que irás depositar
Tua confiança e todo teu dinheiro arrecadado?
Poetarás tua ininita melancolia desolada?
Vestirás os teus vestidos mais ousados, provocantes
E mergulharás profundamente na noite e na lascívia?
Ou fecharás os olhos, te darás completa, inteiramente
Ao primeiro com que deparares numa esquina,
E entregarás em suas mãos a tua vida
Como filho que confia a segurança às mãos da própria mãe?
2008
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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