Eu sonhei uma gente alegre e contente,
Andando nas ruas, dançando nas praças,
Vivendo o trabalho, feliz de existir.
Eu sonhei uma justiça tão plena,
Que, de tão impecável, de tão grandiosa,
A nós comovesse.
Eu sonhei os anjos no timão desta terra
E a felicidade reinando absoluta.
Mas um dia acordei, percebi que os tais anjos,
Na verdade demônios, tendo os rumos da terra,
Se mostraram piores que aqueles
A que no passado chamavam capetas.
Descobri que a tal gente sequer se abalava
Com os mandos, desmandos de tantos demônios
E não se importava de viver a sofrer.
Foi aí que, cansado, sacudi os velhos ombros,
Militante me tornei de mim tão-somente,
Eu, a causa que abraço nos dias de hoje,
Eu, defensor só de mim.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
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