Se a noite encontrassse teus olhos
Molhados da tua dor,
Se a brisa da noite secasse tuas lágrimas
Mas não findasse teu pranto,
E a casa te parecesse tão morta,
E a rua, pela janela entrevista,
Te parecesse pejada dos sons mais tristonhos...
De acordes de piano talvez...
Ou de sons de violino que cortassem teu peito
Bem fundo... como te ferindo de morte...
Eu iria à tua casa e, se deixasses,
Te protegeria no calor do meu abraço,
E te olharia fundamdente, e tu verias
Na transparência dos meus olhos minh'alma
Totalmente entregue a ti.
E então tu sentirias o clamor de minha carne,
E nossos corpos se veriam numa amálgama sublime.
A aí a madrugada, miraculosamente,
Pareceria sob o canto das aves matutinas,
E a vida nos seria tão clara, tão leve e tão música,
Qual praça repleta
De gente e de bares, jardins e de sol,
Que quereríamos ambos existir para sempre.
2011
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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domingo, 30 de janeiro de 2011
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