Bendita seja a noite fresca
Que é serena como um monge,
Que, qual mãe de amor extremo,
Nos aninha em sua paz.
Bendita seja a tarde alegre
Enfeitada de pessoas
Passeando, tão profusas,
Pelos parques da cidade.
Abençoa, Deus, as línguas
Sequiosas que se enroscam
E a doçura dos amantes
Na conjugação carnal.
Que bendito seja o olhar
Que se emprenha de ternura,
Se desnuda de maldades
E se faz angelical.
Que bendito seja o verbo
Do poeta enamorado,
Salpicando nas estrelas
Sentimentos e emoções.