O primeiro da noite era bruto
Assim como fora um ferreiro
E fora a cama a bigorna,
E escoriou Diany sem pena.
O terceiro, com mãos ensebadas,
Cheirava a suor e gordura
E Diany conteve mil náuseas,
E se deu como entregue a um martírio.
O quinto falhou de tão bêbado,
E o esforço hercúleo da moça
Não trouxe nenhum resultado
Senão certo alívio, um suspiro.
O oitavo era assim como um lorde
E cheirava a lavanda e perfume,
E Diany se abriu, serenada,
Cumprindo em paz seu ofício.
Na noite de quase calvário,
Diany dormiu como pedra,
Tal como sofrera um nocaute
E mais pareceu uma morta.
À tarde, acordou no bordel
E contou seus percalços a Marta,
Que transtornos também relatou,
E olharam-se, ternas e cúmplices.
As duas se deram as mãos,
Um abraço apertado, tão pleno,
E as línguas sugaram-se, ardentes,
E os corpos se deram em volúpia maior.
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