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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

ELA

 Aninhou-se em meu peito como eu fosse abrigo

Dos maremotos e furiosos vendavais;

Como se a protegesse do tempo e da tristeza,

Da infâmia, da morte, da dor e todo mal.


Aconchegada, era como uma menina,

Mas se deu na incandescência de mulher.

Disse coisas de fazer devanear.

Sua voz enchia o ar de poesia.


Ao sair, estava ainda mais bonita,

Um poema ambulante pelas ruas.

Plantou vida, alegria em minha casa,

Do meu peito fez morada da esperança 

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