Ai, viajante
A percorrer
Caminhos turvos,
Negras ondas,
Bravos mares:
Marinheiro
Dos naufrágios,
Sem resgate,
Terra à vista
Ou uma ilhota.
Ai, o temor,
Temor dos ventos,
Das calmarias,
Do breu da noite,
Do sol brilhante...
Do céu que encosta
Nas águas verdes
Temor profundo
Da morte e vida.
Temer, chorar...
Ai, olhos baços
Que nada avistam,
Que nada esperam
Nem mais se iludem:
Serenos, miram
A triste morte:
Ai, viajante
A dar-se à morte.
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