Como eu poderia, menina, escrever-te poesias,
Se eu não sei falar dessa alegria
Solta, alegre, esvoaçante, tão menina,
Reluzente no teu ser?
Como, se eu só sei cantar tristeza
Com tristeza, por tristeza,
Nada mais?
Menina, a minha canção é qual silêncio,
É gemido, pranto, noite funda,
Fronte baixa, olhos mortos, pura dor.
Minha canção é qual crepúsculo de inverno,
Negro céu, bairro sem gente, mar sem vida,
Casa abandonada de desolado quintal.
Minha canção é um queixume tão desnudo de esperança,
Lágrima incessante deslizando pelo rosto,
Barco ancorado no deserto cais.
Minha canção é folhas secas arrastadas pelo vento,
Tarde sombria, olhar cansado, solidão.
Minha canção é escuridão, é desalento,
É fadiga, desencanto, lassidão, abatimento,
Melancolia, desconsolo, é vontade de morrer.
2003
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
Pesquisar este blog
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
O amor grande demais explode o peito Ou o faz desabrochar em pétalas profusas E emanar perfume e acordes pelo ar? O amor demais faz adoecer...
-
Reza por mim todas as noites e manhãs, Pede a Deus que eu seja teu pra todo o sempre, Faze uma simpatia que nos una como massa E ouve as mú...
-
Vem, mulher dos olhos mansos, Acender minha manhã; Vem, alegra minha casa E fogueia o corpo meu. Passarinho matutino, Vem pousar nessa var...
Um comentário:
Barão, adorei a poesia , mas parece-me um pouco depressiva demais diante de um amor mais jovem? Li todas. Parabéns!
Vou voltar sempre, Demóstenes.
Bjs. poéticos.
Postar um comentário