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domingo, 23 de maio de 2010

A MULHER

Canto as mulheres como fossem deusas, pelo fascínio que me exercem,
Por ver nelas, em cada uma, um tanto de Vênus,
Um quê de ninfa, um tanto de fada e de heroína dos romances,
Por captar-lhes fundamente o poder magnético e a magia.
Eu canto a mulher existente ou que já tive, rebatizada nos meus versos;
Eu canto a mulher inventada a partir das mulheres vistas nas ruas ,
Da mulher cuja beleza me embevece, à qual dou nome e dou história...
Mas canto a mulher...
Com esmero e com veneração!
Canto a mulher porque é como cantar as paisagens majestosas,
Como cantar os anseios mais ardentes, palpitantes,
Como cantar a cidade mais acolhedora, aconchegante.
Amo a mulher. Amo com o fervor mais exaltado,
O desejo mais vibrante, numa coisa que é qual devoção, um dar-se em prece aos
[ elementos transcendentes,
Como minha alma se elevasse alimentada do mais alto, milagroso,
Mais sublime arroubo do desejo e da paixão.


2010

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