Perdoe-me versejar
assim plangentemente,
perdoe-me poetar
tão lastimosamente...
Mas que posso fazer, se a música cessou
e a bailarina já se sentou
exaurida e desolada
a um canto do teatro
silente e já vazio?
Perdoe-me cantar
de modo tão sentido!
Pedoe-me recitar
assim tão tristemente!
Mas que posso fazer, se anoiteceu
profundamente,
se a última mulher
se despediu,
deixando a noite co'esse gosto
de solidão?
Que posso fazer, se nenhum riso
ou burburinho,
se nenhum canto,
se nenhum passo
na noite escura
se fez ouvir?
Que posso fazer, se o cais, sem vida,
não tem a lua
a pratear,
não tem estrelas
a cintilar
e nenhum barco
a balançar?
2009
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
Pesquisar este blog
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
O amor grande demais explode o peito Ou o faz desabrochar em pétalas profusas E emanar perfume e acordes pelo ar? O amor demais faz adoecer...
-
Reza por mim todas as noites e manhãs, Pede a Deus que eu seja teu pra todo o sempre, Faze uma simpatia que nos una como massa E ouve as mú...
-
Vem, mulher dos olhos mansos, Acender minha manhã; Vem, alegra minha casa E fogueia o corpo meu. Passarinho matutino, Vem pousar nessa var...
Nenhum comentário:
Postar um comentário