A carne arde,
A carne chama,
A carne clama por outra carne.
A carne ama como qualquer poeta,
Do seu modo pleno e carnal.
A carne se comprime noutra carne,
A carne se dá como qualquer apaixonado.
A carne se atrita com outra carne
E o faz com zelo,
E o faz com arte,
Como um pintor criando imagens.
A carne dança a dança do amor
E canta como qualquer cantor,
E baila como toda bailarina,
Mas do seu jeito peculiar.
A carne ama e também se entrega,
A carne enlouquece de tamanho querer,
Como alguém de sentimentos desmedidos ,
Assim como um cavaleiro andante,
Assim como um sequioso trovador.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quinta-feira, 8 de abril de 2010
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