Não me enquadro,
não me integro,
não me entrego,
não aceito,
não me ajusto
(não é justo),
que a cabeça pensa,
se coloca contra.
Não adulo,
não estendo
o tapete
longo, rubro,
só me afasto
do nefasto
jogo sujo,
que a moral condena,
cheia de repulsa.
Sem ganância,
sem a sede
de ter tudo,
de ser dono
do planeta,
só me basta
ter à noite
a morena ardente
sobre a minha cama.
Sem fotuna,
sem prestígio,
comitiva,
estratégia,
puxa-sacos,
diamantes,
é bastante
ter a paz dos dias
na vida modesta.
Sem ferrari,
sem agenda
sem o mundo
entre os braços,
o que quero
é o dia
belo, fresco
e a canção bonita
me afagando a alma,
os amores bem,
que estas coisas simples
são meu paraíso.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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sexta-feira, 2 de abril de 2010
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