Não quero cultivar esperanças:
Só quero as ruas desertas e me sentar nas calçadas,
E chorar incessantemente durante a noite infinita.
Não choro tua ausência, tua partida:
Foi até tardia a tua ida.
Choro, sim, a ausência de alguém
Exatamente como a mim pareceste.
Segue, não olhes pra trás, não voltes:
Não te choro, mas a mim,
Que sinto a solidão me apertar nos braços gélidos
E no além-horizonte nada diverso vislumbro.
Só vejo a noite e a solidão, insensível, perversa,
Insolente, sem vida, senhora de mim.
Não, não quero novamente a esperança:
Só quero prantear nas calçadas, sozinho,
Nas ruas desertas, no fundo da noite sem fim.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quarta-feira, 21 de abril de 2010
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