Gritos do ódio que guardei a vida inteira
Sufocado em minh'alma corroída...
Rebeldia que tolhi, deixei sem asas
E me retalhou por dentro totalmente...
Ai, a guerra que não fiz e os homens maus
Que eu deveria ter ao menos esmurrado!
Vou partir sem olhar pra trás nenhum momento,
Vou morar depois, muito além do fim do mundo,
Mas do mundo muito além do mundo derradeiro,
Onde nada de humano exista ao meu redor.
Quero estar quieto co'as tristezas e lembranças,
Tão sozinho de confabular co'os passarinhos
E entreter-me com a relva, borboletas e os arbustos,
Num recanto a que ninguém possa chegar.
Quero ser tão vago como sombra, um vulto ou um ruído
E, invisível, acomodar-me em meu abrigo,
E, intangível, adormecer em meu sossego,
A bilhões de anos-luz da minha espécie.
2018
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quinta-feira, 26 de março de 2020
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