O que faço agora, o que digo agora,
Já embriagado, bares já fechados,
Se, na noite quieta, só me resta o quarto,
A cabeça zonza, a solidão?
Morte, venha logo,
Mas deixando que antes
Meu temor se vá.
Jamais houve bares, luzes, bebedeiras,
Só noites de inverno
Pelos matagais.
Quero ser guerreiro,
Não um imbatível,
Mas um kamikaze
Pra me arrebentar.
Vejo um cão sem dono
Deitado à sarjeta,
Quando olho no espelho.
Mas certo deleite
Vem tocar minh'alma,
Pois eu gostaria
É de ser um verme.
Morte, venha logo,
Fim das amarguras.
As portas dos bares se fecharam todas,
Vejo as ruas negras, trisrtes e desertas.
De toda a alegria
Só restaram cinzas.
Por falar em cinzas, o que mais eu sou?
2020
(poema escrito em 1982 e revisado, modificado e atualizado)
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
Pesquisar este blog
terça-feira, 2 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
O amor grande demais explode o peito Ou o faz desabrochar em pétalas profusas E emanar perfume e acordes pelo ar? O amor demais faz adoecer...
-
Reza por mim todas as noites e manhãs, Pede a Deus que eu seja teu pra todo o sempre, Faze uma simpatia que nos una como massa E ouve as mú...
-
Vem, mulher dos olhos mansos, Acender minha manhã; Vem, alegra minha casa E fogueia o corpo meu. Passarinho matutino, Vem pousar nessa var...
Nenhum comentário:
Postar um comentário