O que é de você, mulher bonita?
Eu vi sua janela entreaberta
E vislumbrei sua face bela e pálida.
Eu vi muito bem seu olhar triste:
Você entrevia pela escura fresta
A rua
Deserta,
Escura,
Calada,
Sem cor.
Era só como essa alma enevoada
Conseguia ver a tarde,
Que se movia
E que vivia
Sem você ver.
Eu bem quis adentrar
A sua casa,
Lhe dar abrigo
Em meu abraço,
Falar um pouco
Em esperança.
Mas que esperança,
Se seu olhar
Me parecia
Já tão entregue
E ambientado
Só à tristeza,
Que meu impulso
Nem por segundos
Sobreviveu?
Segui apenas
O meu caminho,
Eu, tão inútil,
Envelhecido,
Já tão sombrio,
Contagiado,
Entristecido
Como seu rosto
Anoitecido.
2008
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
Pesquisar este blog
quarta-feira, 3 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
O amor grande demais explode o peito Ou o faz desabrochar em pétalas profusas E emanar perfume e acordes pelo ar? O amor demais faz adoecer...
-
Reza por mim todas as noites e manhãs, Pede a Deus que eu seja teu pra todo o sempre, Faze uma simpatia que nos una como massa E ouve as mú...
-
Vem, mulher dos olhos mansos, Acender minha manhã; Vem, alegra minha casa E fogueia o corpo meu. Passarinho matutino, Vem pousar nessa var...
Nenhum comentário:
Postar um comentário