Quero ir embora,
Vou pra algum lugar onde o sol se ponha alguma hora,
Onde eu sinta a brisa da manhã me acarinhando,
Onde à noite haja uma paz divina
E os sons que se ouçam sejam canto de grilos assanhados
Ou acordes de viola a vir de longe.
Quero ir embora,
Quero ir agora,
Chega de ouvir a antimúsica dos estampidos
Dos fogos, tiros.
Chega de ouvir os ruídos estridentes
Dos feios berros, freios, buzinas
E das turbas incontidas que jamais se educam
E me apoquentam,
Me violentam,
Tiram-me o sono.
Quero andar em paz pelas ruas calmas, sossegadas,
Sem o perigo
De um meliante
Vir me matar.
Quero ir embora,
Gente iludida.
Pode ficar co'a praia, multidões, essa quentura
Perniciosa,
Que você pensa
Ser um presente.
Pode ficar com as boates, os batuques, delinqüentes,
Que eu quero é paz,
É poesia
Cantada à noite
Pelas corujas.
É a alvorada
Anunciada
Por bem-te-vis.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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quarta-feira, 3 de março de 2010
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