A autoridade tão esperada chegou.
As pessoas se agitaram, aplaudiam,
Sorriam como competetentes prostitutas
Ofertando-se aos homens passantes.
A figura central começou o discurso:
Fala vã em elegante linguagem.
Os olhos dos assistentes brilhantes,
Sorrisos de plástico concordantes.
Aglomerado de gente, roupas de caros tecidos.
Aplausos, reverências, emoções fabricadas,
Garçons circulando, drinques pedantes,
Gente interesseira traçando projetos.
O silêncio tomava conta de mim,
Porém, maior que o silêncio era o desprezo,
O fastio, a náusea, o impaciente tédio.
Saí pelas ruas idolatrando os indigentes
Tão cheios de verdade a se deitar nas calçadas.
Encontrei um cahorro, estalei os dedos,
E o bichinho veio logo buscar um carinho
Das minhas mãos imundas de humano.
Fiquei imaginando uma sociedade diversa,
Que tivesse a elevação moral dos cachorros.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
Pesquisar este blog
quarta-feira, 31 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
O amor grande demais explode o peito Ou o faz desabrochar em pétalas profusas E emanar perfume e acordes pelo ar? O amor demais faz adoecer...
-
Reza por mim todas as noites e manhãs, Pede a Deus que eu seja teu pra todo o sempre, Faze uma simpatia que nos una como massa E ouve as mú...
-
Vem, mulher dos olhos mansos, Acender minha manhã; Vem, alegra minha casa E fogueia o corpo meu. Passarinho matutino, Vem pousar nessa var...
Nenhum comentário:
Postar um comentário