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quarta-feira, 3 de março de 2010

MARIA

A paz era qual brisa, leve como um cântico,
nos olhos mansos de Maria.
O riso era franco como riso de criança,
no rosto pálido de Maria.
O amor era ebulição, um arder que enlouquecia,
no corpo, entre as unhas de Maria.
As noites eram belas como se o luar sempre brilhasse,
nos braços aveludados de Maria.
Viver era um desejo de que o tempo não passasse,
de que tudo então parasse, como numa pintura ou fotografia,
nos felizes dias ao lado de Maria.

2003

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