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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

OS BECOS

Ah! Os becos
Mergulhados no silêncio,
Numa escura quietude.
Há alguém
Que se evade, escorregando
Por paredes desbotadas.
Ah! Os becos
Dos lascivos namorados,
Das mordidas nas orelhas
E murmúrios sem pudor.
Ah! Os becos
Quase mudos da cidade,
Destilando amor e crime
Com perigo e poesia.
Ah! Os becos
Quase sempre entristecidos,
Numa calma de pintura,
Com seu ar de solidão.

2013

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