Mesa de botequim, tu és muito mais ampla
Do que as dimensões em que te veem nossos olhos,
Porque comportas alegrias, ideais, tristezas
E as mais baratas e as mais fundas filosofias.
Mesa de botequim, tu és infinita.
Acolhes a dor mais profunda,
O desespero mais latejante
E a inquietude cansada dos vencidos,
Sendo a confidente dessas coisas todas
Que o peito da gente bem sabe sufocar.
Suportas, impassível, compreensiva,
O murro inflamado inflamado de veemência
Dos mais ardorosos convictos
E ainda vês as imagens dos devaneios
Dos que alimentam seus ideais.
És inteirada, bem-informada,
Sabes da política, do futebol,
Da fome, da história, da violência...
Sabes de tudo, de todos, dos meros boatos,
De todas as coisas em todas versões.
És ainda lasciva como a proposta
O o acerto feito com a mulher impudica
que sobre ti, seios à mostra, se debruça.
Mesa de botequim, és filosófica,
És culta, política, idealista,
És humana com mil sentimentos:
Mesa de botequim, tu és o mundo.
1980
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
Pesquisar este blog
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
O amor grande demais explode o peito Ou o faz desabrochar em pétalas profusas E emanar perfume e acordes pelo ar? O amor demais faz adoecer...
-
Reza por mim todas as noites e manhãs, Pede a Deus que eu seja teu pra todo o sempre, Faze uma simpatia que nos una como massa E ouve as mú...
-
Vem, mulher dos olhos mansos, Acender minha manhã; Vem, alegra minha casa E fogueia o corpo meu. Passarinho matutino, Vem pousar nessa var...
Nenhum comentário:
Postar um comentário