Ah, quem dera fosse a vida
um eterno partir sem despedida,
um constante renascer num amanhã
tão diverso, que a alma se espantasse encantada.
Quem me dera partir sempre, sempre partir,
para Minas, Holanda, para Vênus,
a cada tempo viver nova vida.
Ah, quem me dera o eterno partir,
o eterno chegar,
eternos novos ares respirar,
liberto da mesmice que faz tediosos os dias
e sitia a alma no deserto estéril de anseios,
árido de paixão, de emoções, de desejo de viver.
II
Partir sempre, e sempre partir para todo o sempre,
mas não partir para a morte:
a morte é, no mínimo, tediosa
E, partida medonha e poucas vezes voluntária,
rouba da gente o poder e o direito de partida.
1995
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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domingo, 30 de setembro de 2007
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