É uma tarde plácida. A fogueira acesa
E o valão imenso onde atirar pedras
São prá meninada uma grande festa.
Vai a mulher preta, caixa na cabeça,
Passos cuidadosos, neném na barriga.
O sol de outono pinta de amarelo
Os casebres pobres, ruços de poeira.
O homem encurvado de cabeça branca
Traz bolsa pesada, muita ferramenta.
A moça bonita chega da janela
E tão bela imagem nos enche de sonhos.
É uma tarde mansa, toda colorida,
E um homem tristonho fala pros amigos
Que até mesmo os santos os abandonaram.
1981
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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domingo, 30 de setembro de 2007
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