Se é pra renegar tudo o que é antigo,
Acabe logo com tudo o que é antigo,
Mate seu avô.
Se você tem mais de vinte,
Mate-se também.
Se você é evangélico,
queime sua bíblia.
Se você é paleontólogo,
Destrua os seus fósseis.
Se você é arqueólogo,
Dê um fim nesses resquícios
Que você tem do passado.
É preciso destruir tudo o que é antigo.
Toque fogo nos museus.
Bote abaixo Ouro Preto,
As ruínas da Acrópole,
O Instituto Oswaldo Cruz.,
As pirâmides do Egito...
Mande a História pros infernos,
A cultura pro diabo.
Beethoven, Chopin, Mozart...
Destrua essas velharias.
Destrua os “museus” do Chico,
Da Elis, do Mílton, da Bethânia...
Dê um fim ao que é antigo,
Em tudo aquilo que é antigo,
Em você principalmente,
Pois você cultiva o hábito
Velho, arcaico, ultrapassado
Do desprezo ao que é antigo.
1995
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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domingo, 30 de setembro de 2007
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