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sábado, 8 de setembro de 2007

CÉTICO

Quando dou-me a averiguar
O passado mais remoto
E retruco as Escrituras,
Falo a crédulos de ouvidos moucos:
Eu, tão ávido de verdade,
Eles, tão prenhes de mentira.


Quando abro minha mente
A buscar versão plausível
Do que possa haver além
Do que captam os sentidos,
Só descubro fantasias,
Devaneios mais simplistas.


Não posso crer nos missionários,
Sacerdotes e profetas,
Nos pregadores visionários:
Não acatarei nenhum deus, nenhuma entidade
Nada nascido do delírio ou do embuste humano


2000

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