Desolada essa paisagem:
é o mangue negro e podre,
os casebres de madeira
com remendos e cupins.
É o choro dos lactentes,
é a fome, o desespero,
é a morte e é a doença,
as vorazes ratazanas.
São os rostos sem esperança,
as crianças que não sonham,
as navalhas dos meninos,
que adolescem odientos,
cujos peitos petrificam.
É essa gente favelada,
tão sozinha, abandonada,
renegada, espezinhada,
ao inferno condenada.
Que poema é então possível
sobre toda essa miséria,
o infortúnio que consterna,
esse inferno que revolta?
1994
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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domingo, 30 de setembro de 2007
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