Eu me reerguerei da minha letargia
E lamberei a vida com o prazer de quem lambe suculenta fruta.
Eu, coisa obscura que perambula encolhida pelas ruas sombrias...
As ruas sombrias... As ruas são sempre sombrias...
Eu, contraído e velho, envergado a vagar num passo arrastado;
Eu, ancião franzino, recortado de rugas,
Reerguer-me-ei do marasmo como quem se levanta dos próprios escombros
(Eu me reerguerei dos escombros de mim próprio),
Reerguer-me-ei da morte e saltarei para a vida como parido das negras entranhas da terra para a folia do Carnaval.
Rejuvenescerei da minha velhice, ressuscitarei da minha morte
E, leve, me refestelarei numa mesa de bar
E pedirei a bebida com gosto e alegria.
E desfrutarei deste momento sublime de saborosa preguiça,
E me deleitarei com a vida como uma criança que se banha nas águas do mar.
1995
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com
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domingo, 30 de setembro de 2007
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