A minha casa
fica bem numa ladeira
que a gente sobe
pra namorar
e brincar com as estrelas.
Uma ladeira
que a gente sobe
pra ficar olhando o mundo,
pra falar e ouvir asneira,
pra sentir mais perto a Lua,
pra beijar, fazer besteira.
A gente sobe
pra ficar cheirando a brisa,
pra ver as luzes
e ficar longe do mundo,
pra viver num outro mundo
que a gente inventa
e é despido de maldade,
que é tão pequeno
e tão denso de lirismo,
e é de pura poesia.
A minha casa
fica bem numa ladeira
que a gente sobe
pra sentir-se outra pessoa,
pra se ver purificado
e deitar no céu da paz.
2010
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
ENTREGA EM VERSEJAR
Eu faço versos com empenho e o fervor das paixões.
Eu faço versos como quem dá as cordas vocais e a alma a uma melodia,
Como se cantasse para uma multidão num lotado anfiteatro.
2010
Eu faço versos como quem dá as cordas vocais e a alma a uma melodia,
Como se cantasse para uma multidão num lotado anfiteatro.
2010
NÃO ME QUEIRAS DEIXAR
Não, morena, não me queiras deixar.
Eu bem sei que o mundo é imenso
E a canção que vem do mundo é tão sonora
E te convida, te confunde e te inebria,
Mas a minha canção tem mais saudade,
Tem mais querer e mais apego
E se dá como fosses o bem mais precioso,
O achado mais raro e magnífico,
O mais belo panorama que me desse a natureza.
2010
Eu bem sei que o mundo é imenso
E a canção que vem do mundo é tão sonora
E te convida, te confunde e te inebria,
Mas a minha canção tem mais saudade,
Tem mais querer e mais apego
E se dá como fosses o bem mais precioso,
O achado mais raro e magnífico,
O mais belo panorama que me desse a natureza.
2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
DEFENSOR SÓ DE MIM
Eu sonhei uma gente alegre e contente,
Andando nas ruas, dançando nas praças,
Vivendo o trabalho, feliz de existir.
Eu sonhei uma justiça tão plena,
Que, de tão impecável, de tão grandiosa,
A nós comovesse.
Eu sonhei os anjos no timão desta terra
E a felicidade reinando absoluta.
Mas um dia acordei, percebi que os tais anjos,
Na verdade demônios, tendo os rumos da terra,
Se mostraram piores que aqueles
A que no passado chamavam capetas.
Descobri que a tal gente sequer se abalava
Com os mandos, desmandos de tantos demônios
E não se importava de viver a sofrer.
Foi aí que, cansado, sacudi os velhos ombros,
Militante me tornei de mim tão-somente,
Eu, a causa que abraço nos dias de hoje,
Eu, defensor só de mim.
2010
Andando nas ruas, dançando nas praças,
Vivendo o trabalho, feliz de existir.
Eu sonhei uma justiça tão plena,
Que, de tão impecável, de tão grandiosa,
A nós comovesse.
Eu sonhei os anjos no timão desta terra
E a felicidade reinando absoluta.
Mas um dia acordei, percebi que os tais anjos,
Na verdade demônios, tendo os rumos da terra,
Se mostraram piores que aqueles
A que no passado chamavam capetas.
Descobri que a tal gente sequer se abalava
Com os mandos, desmandos de tantos demônios
E não se importava de viver a sofrer.
Foi aí que, cansado, sacudi os velhos ombros,
Militante me tornei de mim tão-somente,
Eu, a causa que abraço nos dias de hoje,
Eu, defensor só de mim.
2010
ESSA QUE ÉS
Se fosses a mulher que eu sonhara,
te chamarias Sofia,
serias bonita e morena,
terias os olhos fugazes
velando inconfessos desejos.
Se fosses as mulher que eu temia,
te chamarias Anita,
serias dissoluta, expansiva
e abririas a casa em festa
com bêbados a cair pelo quintal.
Se fosses mulher de batalhas,
te chamarias Marina,
serias resoluta, aguerrida,
terias firmeza nos gestos,
terias coragem nos olhos.
Mas és aquela que amo
e tens tudo aquilo que quero,
que quero com o zelo infinito
e o apego febril de quem acarinha
tesouros colossais conquistados.
2010
te chamarias Sofia,
serias bonita e morena,
terias os olhos fugazes
velando inconfessos desejos.
Se fosses as mulher que eu temia,
te chamarias Anita,
serias dissoluta, expansiva
e abririas a casa em festa
com bêbados a cair pelo quintal.
Se fosses mulher de batalhas,
te chamarias Marina,
serias resoluta, aguerrida,
terias firmeza nos gestos,
terias coragem nos olhos.
Mas és aquela que amo
e tens tudo aquilo que quero,
que quero com o zelo infinito
e o apego febril de quem acarinha
tesouros colossais conquistados.
2010
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