quinta-feira, 10 de novembro de 2016

TERRA MEGERA

Adeus, esperança...
Segue pra paragens bem distantes
porque em mim há muito tempo, esperança, não estás. 
Vê se para de iludir os meus irmãos inconscientes.
Vai, e eu fico aqui sem norte,
tão perdido, massacrado, forasteiro, nesta terra onde nasci.
Parte agora, esperança, porque aqui não tens lugar.


Esta terra é salafrária e não conhece compaixão.
Esta terra é tão iníqua e maltrata os próprios filhos
como fossem enteados oriundos da traição.
Ai,  a terra é tão madrasta a nos olhar com olhos maus.
Ah, se fico nesta terra é que é tarde pra partir
e abraçar-te feliz em outros chãos.