sexta-feira, 14 de agosto de 2015

NOITE

Hoje ficarei só,
Sozinho e quieto com meus pensamentos; 
Ficarei aqui com meu silêncio
Ou talvez co'alguma poesia
Que me venha à ideia, insistente,
E me faça poetar qual possuído.

Hoje dormirei só,
Dormirei sozinho co'algum canto
Que me brinque na memória serenada
E me seja o acalanto mais suave,
Ou talvez me venha uma agonia
Que me faça contorcer por noite adentro,
Que me faça doer a imagem dela
Requebrando na memória qual fantasma,
Me trazendo qualquer culpa torturante,
Me fazendo o derradeiro dentre os homens.

Ou quem sabe apenas dormirei, 
Dormirei como criança aconhegada, 
Tão produndo como um ser que não tem vida.