Encontro a Madona deitada no chão. Agacho-me e começo a lhe acarinhar a barriga peluda. A cadela põe as quatro patinhas pro ar e se delicia, e eu fico a passar suavemente as mãos em seu ventre. E o momento é tão sublime, que só uma alminha de cachorro pode entender.
2013
Espaço com a predominância do lirismo e com poemas de amor e paixão, mas com versos acerca de temas diversos, como a questão sócio-política, os tipos vistos nas ruas, o poder, as pessoas e seus sentimentos. Manifestações de inconformismo, de amor aos animais, de amor romântico, de sensualidade, de tristeza, de alegria, de humor, além do olhar sobre as coisas do mundo. Contatos pelo e-mail: baraodamata2@gmail.com.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
SE DOER DEMAIS
Se a tua ausência me doer,
Mas doer assim tão fundo de eu querer a morte,
Suportarei o sofrimento como o mártir mais heroico
E deixarei que a escuridão e os calafrios da tristeza
Me diluam, me desfaçam em milhões de fragmentos,
Até que um dia, um meu resquício que resista porventura
Me floresça em vida, como orquestra encantando o alvorecer.
2013
Mas doer assim tão fundo de eu querer a morte,
Suportarei o sofrimento como o mártir mais heroico
E deixarei que a escuridão e os calafrios da tristeza
Me diluam, me desfaçam em milhões de fragmentos,
Até que um dia, um meu resquício que resista porventura
Me floresça em vida, como orquestra encantando o alvorecer.
2013
O MILAGRE DOS MÚSICOS
Era a rua do Lavradio.
Era noite e, de repente, nas sacadas os músicos surgiram
E se deram a espalhar no ar os sons mais belos, melodias mais esplêndidas,
E a atmosfera se encheu de uma coisa milagrosa que não se descreve com palavras,
E brilhou nos olhos das pessoas o alumbramento de quem sente o amor nascer.
2013
Era noite e, de repente, nas sacadas os músicos surgiram
E se deram a espalhar no ar os sons mais belos, melodias mais esplêndidas,
E a atmosfera se encheu de uma coisa milagrosa que não se descreve com palavras,
E brilhou nos olhos das pessoas o alumbramento de quem sente o amor nascer.
2013
sábado, 6 de abril de 2013
TRISTE
Ah, eu venho triste como a noite fria
Em garoa infinda, luzes tão opacas.
Ah, eu venho triste como se vivesse
Derradeiras horas, sem as mãos de afeto,
Sem o pranto insano de mulher amada.
Ah, eu venho triste como se adiante
Tudo fosse negro, fosse desalento,
Como se faltassem todas minhas forças
E eu tombasse lentamente sobre a morte.
Mas eu venho triste como se este mundo
Todo se apagara, não houvera vida alguma
Em nenhuma rua, em nenhuma casa,
Fora eu fantasma e vagara pela brisa.
Mas eu venho triste como se um gemido
De animal sofrido varasse a minha alma,
Como pouco a pouco me desintegrasse
E nada existisse que me resgatasse
E, porém, um alívio me tocasse o triste espírito
Ao sentir chegando meus momentos derradeiros.
Em garoa infinda, luzes tão opacas.
Ah, eu venho triste como se vivesse
Derradeiras horas, sem as mãos de afeto,
Sem o pranto insano de mulher amada.
Ah, eu venho triste como se adiante
Tudo fosse negro, fosse desalento,
Como se faltassem todas minhas forças
E eu tombasse lentamente sobre a morte.
Mas eu venho triste como se este mundo
Todo se apagara, não houvera vida alguma
Em nenhuma rua, em nenhuma casa,
Fora eu fantasma e vagara pela brisa.
Mas eu venho triste como se um gemido
De animal sofrido varasse a minha alma,
Como pouco a pouco me desintegrasse
E nada existisse que me resgatasse
E, porém, um alívio me tocasse o triste espírito
Ao sentir chegando meus momentos derradeiros.
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