domingo, 7 de fevereiro de 2016

O METAFÍSICO E A POESIA

Quando um homem se comove por um poema que lê ou música que escuta...
quando ainda o toca um filme, um conto, romance,  peça, uma novela
ou ainda uma lembrança emocionante que assalte-lhe a memória...
quando a comoção lhe bole fundo, e ele se desnuda dos seus ódios e torpezas,
das maldades, das vilezas e pequenezes tão peculiares...
quando a emoção o faz humilde, inofensivo, terno, um ser purificado...
quando o arrebata um sentimento que o desvanece docemente...
é a poesia que opera o milagre que atribui-se aos santos e aos deuses improváveis
e lhe traz do fundo d'alma o anjo puro e emocionado que ele tem dentro de si.
E é a poesia  o ponto onde se encontra esse anjo belo
co'as correntes mentais benignas do cosmo;
ou faz então  que se juntem   mentes encantadas igualmente.
Assim, enfim, caso haja o metafísico, a união benévola das ondas que há nas mentes
fará que vejamos que não há linha qualquer que o separe do que é físico,
e a poesia assim será um dos tantos reveladores elementos
que fará que enfim nós enxerguemos
que a Lua e os homens, a Terra e os bichos, que o Universo
somos um só.