"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 8 de outubro de 2017
DAS LICENÇAS POÉTICAS
Às vezes (ou muitas vezes) publico com licenças poéticas acidentais: reviso, reviso o texto e não vejo que repeti a expressão às vezes mais de uma vez. Mas em geral não retifico: fica como licença e pronto! Que me perdoem os amigos leitores e escritores, mas abuso desta liberdade (licença poética) que temos.
BUSCA AO IRREAL
Vida, traga a mim as esperanças
Ou bem menos, por favor: uma utopia.
Ou seria a utopia maior do que a esperança?
Mas é claro, vida, que é maior uma utopia(!),
Se ela é livre das amarras da verdade,
Que desola, martiriza e aniquila as criaturas.
Quem me dera, dera mesmo a fantasia,
Que tem asas e que voa sem limites,
Por estrelas, por delícias, ribeirões e paraísos,
Não conhece bom-senso, juízo nem razão.
Mas, meus dias, por demais contentaria
Crer que um dia os perversos, os que usurpam e os que oprimem
Muito caro pagassem os pecados cometidos
E que a injustiça humana, que é infalível,
Sucumbisse sob os pés da justiça verdadeira,
Que viria de um Deus justo ou bons espíritos.
Ah, se o Universo nos desse uma outra vida
E reparasse a todo ser o mal sofrido
Neste mundo de maldades e tragédias...
Vida, traga a mim uma utopia, fantasia, uma loucura,
Porque, mundo, a realidade nos indigna, nos dói demais.
Ou bem menos, por favor: uma utopia.
Ou seria a utopia maior do que a esperança?
Mas é claro, vida, que é maior uma utopia(!),
Se ela é livre das amarras da verdade,
Que desola, martiriza e aniquila as criaturas.
Quem me dera, dera mesmo a fantasia,
Que tem asas e que voa sem limites,
Por estrelas, por delícias, ribeirões e paraísos,
Não conhece bom-senso, juízo nem razão.
Mas, meus dias, por demais contentaria
Crer que um dia os perversos, os que usurpam e os que oprimem
Muito caro pagassem os pecados cometidos
E que a injustiça humana, que é infalível,
Sucumbisse sob os pés da justiça verdadeira,
Que viria de um Deus justo ou bons espíritos.
Ah, se o Universo nos desse uma outra vida
E reparasse a todo ser o mal sofrido
Neste mundo de maldades e tragédias...
Vida, traga a mim uma utopia, fantasia, uma loucura,
Porque, mundo, a realidade nos indigna, nos dói demais.
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