"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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domingo, 24 de abril de 2022
segunda-feira, 11 de abril de 2022
O DIA DO TÉDIO
Deixe quietas as clarinetas, [violinos e oboés!
Nem olhe breve o pandeiro, a cuíca e o tamborim!
Largue a guitarra, o teclado e a [bateria!
Hoje não tem samba, não tem [rock nem orquestra,
Mas somente o tédio tomando [conta da cidade
E pintando as ruas do cinzento [da insipidez dos transeuntes.
SEGUIR
Que venham os clamores da [minha alma irrequieta
E se diluam nas notas mortas do [coração entristecido
E o quase inaudível canto da [esperança tão raquítica;
Que o sol de mim se mostre [pálido e quase ausente
E as cores minhas sejam [simplesmente desbotadas,
Que fale em brados minha [descrença petrificada...
Mas irei seguir o meu caminho [acinzentado
Sem a melancolia que outrora [enchia a alma de lassidão.
sábado, 2 de abril de 2022
SOFIA
Sempre irei amar Sofia,
que pensei que estava em Sara,
que jurei que achara em Mara,
que ausentou-se de Nancy.
Tinha o rosto de veludo
um semblante quase triste,
tinhas as mãos macias, pálidas,
o olhar cheio de querer.
Passeava nos regatos
e se dava sobre a relva,
levitava como fada,
no lirismo de nós dois.
Quando a tinha nos meus braços,
era Tânia que se dava,
era Selma que gozava,
era Nara que gemia.
Mas Sofia, se existisse,
me diria docemente:
"Vem, meu velho, deita e dorme,
vê se para de sonhar.
O SENTIMENTO SUBLIME
O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...
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Vem, mulher, pra mim, que eu te faço Uns versos tão mansinhos e cálidos, Que, mais do que musa, Vênus te sentirás. Vem pra mim por inte...
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Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Qu...
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Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa, Co’a mansidão de quem dedilha violão. Quero versejar para ti assim como quem t...
