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domingo, 23 de fevereiro de 2025

A MÚSICA E A RUA

  A rua, essa gente

que segue, que passa

pr'um lado, outro lado,

meus fones de ouvido: 

que música linda!


A gente, esse tráfego,

os carros, o asfalto, 

as motos ruidosas

quebrando a canção

tão doce de ouvir.


Alguém que pragueja

o que nem imagino;

mas nem me interesso:

que notas sublimes!

Nasceram no Céu?


A gente passando,

os carros parando

diante dos olhos

cansados de carros,

cansados de gente.


As cores mais várias,

pessoas aos montes,

sorrisos, conversas...

Cantiga tão linda

que quase chorei.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

SUBLIMAÇÃO: DEVANEIO?

 Deixar a paz entrar por cada poro assim como uma água sacrossanta que sublima, enleva e eleva doce e plenamente um ser humano.  Sentir o amor tocar a alma fundamente e fazê-la tão repleta desse amor que ele se emane por todo o derredor como fachos de luz branca a se expandir.  Sentir  a harmonia e irradiá-la pelo cosmo, numa purificação absoluta.

Amar numa entrega plena e cheia de delicadeza.  Amar e buscar alguma coisa transcendente para, então unidos, espalharmos benesses sobre as amadas criaturas.  Cultivar os meus desejos mais benevolentes como quem cultiva flores nos jardins.  Contatar intimamente o metafísico e sentir-me e saber-me parte dele, sem limite que nos possa separar.

Notar que a música e a sagrada natureza, a arte e os olhos angelicais dos animais, também sagrados,  como toda, toda forma de alumbramento e poesia, nos conduz numa viagem magnífica à intimidade, à harmonia e à unicidade com tudo aquilo que vivemos a chamar de transcendentes.

Ou seremos nós mesmos, quando despojados da maldade e alumbrados, a própria transcendência que pensamos ser exterior?


UMA QUASE-PRECE UTÓPICA

 Não seja, não, o tempo  hoje o prenúncio de uma era de ódios predominantes e de embates, de martírio e de profusões de carnificinas.  Não seja, não, ainda que o sobrenatural se faça existente e que venha interceder.  Não fique, não, o mundo nas mãos  de bestas medonhas, com corpos mutilados e ensanguentados em campos de batalha e os calabouços e infernais porões cheirando a mofo, a sangue e a fluidos putrefatos das torturas lancinantes entre os gritos assombrosos e impregnados das dores tenebrosas que é impossível descrever.

Que venham os dias de paz e calmaria, e os mais fortes permitam aos mais fracos o sossego e a harmonia a que todo ser tem o direito mais sagrado.

Que a justiça se sobreponha à vil ganância e acima de tudo paire a paz e a compaixão.  Que os povos todos se tornem livres, soberanos, e as sociedades vivam de mãos dadas, no arrefecimento das tão cruéis desigualdades.

Que viver seja leve, doce para toda criatura, para todo e qualquer ser.


O SENTIMENTO SUBLIME

  O sentimento sublime que trago em meu meu candente é como se tudo florasse, se a aurora fosse constante e a noite, tão linda de estrelas, ...