A ausência dos meus mortos é tão triste, inconsolável.
Falo dos mortos humanos e dos mortos animais,
Falo que não creio em vida que não seja esta da Terra
E por isto minha dor é muito mais profunda.
Meu consolo é que um dia morrerei como eles todos
E, inexistente, nunca mais terei saudades
E esta dor tão torturante que maltrata as criaturas.
II
Se houvesse outra vida, eu abraçaria e beijaria os meus humanos mortos
E os meus mortos de quatro patas e focinho
E, sem exceção, todo finado animal que eu encontrasse:
E assim formaria com eles, os humanos e os bichinhos,
A família maior do Universo sem tamanho.
2013
"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
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