"PÉS NO CHÃO E POESIA" tem esse título porque em primeira análise minha poesia é incrédula, mas reúne poemas que às vezes se antagonizam pelo fato de alguns se pejarem da crueza calcada na realidade dos dias, enquanto outros têm a doçura dos anseios da meninice, além dos que encaram a dureza do cotidiano num protesto contra ela ou mesmo numa linguagem lírica que tenta cobri-la com adorno poético. Acesse meu canal no Youtube: https://youtube.com/@demostenesbaraodamata880?si=l1cgAhBMX48XRGYU
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sexta-feira, 15 de março de 2013
O BESOURO
Se você chamar de meu amor algum besouro
E o disser co'o sentimento mais verdadeiro do seu peito,
Se encontrará tão cônscio do valor de nós, todos os seres,
Se encontrará tão chão, mas chão tão elevadamente
Como desejariam os homens de real e plena santidade.
2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
O BAR DA ESQUINA
Lá no bar daquela esquina
Um bebum lamenta a vida
E a mulher que o abandonou.
Num cantinho mais sereno
Um senhor conta uma história
E um rapaz fica a sonhar.
Numa mesa da bodega
Uma moça é tão bonita
E é de a gente se inspirar.
Bem no meio do boteco
Uma outra lembra um samba
E uma marcha de alegrar.
Pelo velho bar inteiro
Eu vi graça e poesia
E só quis viver e amar.
2013
Um bebum lamenta a vida
E a mulher que o abandonou.
Num cantinho mais sereno
Um senhor conta uma história
E um rapaz fica a sonhar.
Numa mesa da bodega
Uma moça é tão bonita
E é de a gente se inspirar.
Bem no meio do boteco
Uma outra lembra um samba
E uma marcha de alegrar.
Pelo velho bar inteiro
Eu vi graça e poesia
E só quis viver e amar.
2013
RETIRANTES
Ai, andavam peregrinos
Pelas ruas desoladas,
Macerados pelo sol.
Ai, o olhar compadecido
De beldades de outras terras
Passeando ao arrebol.
A vigília dos senhores
De expressão mais altaneira:
Ato territorial.
Ai, que vida mais sem rumo
Desses homens de ar sereno,
Mas de um banzo sem igual.
Ai, novena tão sentida
Numa igreja desbotada,
Implorando o que não há.
Ai, meu Deus, onde é que fica
Um lugar de campos verdes
Pra esperança ver brotar?
Que destino é reservado
Pr'essa gente tão marcada,
Que não faz senão errar?
2013
Pelas ruas desoladas,
Macerados pelo sol.
Ai, o olhar compadecido
De beldades de outras terras
Passeando ao arrebol.
A vigília dos senhores
De expressão mais altaneira:
Ato territorial.
Ai, que vida mais sem rumo
Desses homens de ar sereno,
Mas de um banzo sem igual.
Ai, novena tão sentida
Numa igreja desbotada,
Implorando o que não há.
Ai, meu Deus, onde é que fica
Um lugar de campos verdes
Pra esperança ver brotar?
Que destino é reservado
Pr'essa gente tão marcada,
Que não faz senão errar?
2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
SE EU RENASCER
Se eu renascer,
Serei intenso:
Macho fogoso em sua fêmea ou vendaval,
Trovão em fúria, maremoto ou temporal,
Sol de verão, queda de rio ou turbilhão,
Sons de tambores, corações mais passionais.
Me elevarei
Da flor do chão
E voarei sobre as montanhas e as nações,
Por sobre a África, a Europa e as Américas,
Até chegar ao pleno espaço sideral,
Enfim liberto da tristeza e da agonia,
Do labrinto que só leva à escuridão.
2013
Serei intenso:
Macho fogoso em sua fêmea ou vendaval,
Trovão em fúria, maremoto ou temporal,
Sol de verão, queda de rio ou turbilhão,
Sons de tambores, corações mais passionais.
Me elevarei
Da flor do chão
E voarei sobre as montanhas e as nações,
Por sobre a África, a Europa e as Américas,
Até chegar ao pleno espaço sideral,
Enfim liberto da tristeza e da agonia,
Do labrinto que só leva à escuridão.
2013
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