quinta-feira, 7 de março de 2013

RETIRANTES

Ai, andavam peregrinos
Pelas ruas desoladas,
Macerados pelo sol.

Ai, o olhar compadecido
De beldades de outras terras
Passeando ao arrebol.

A vigília dos senhores
De expressão mais altaneira:
Ato territorial.

Ai, que vida mais sem rumo
Desses homens de ar sereno,
Mas de um banzo sem igual.

Ai, novena tão sentida
Numa igreja desbotada,
Implorando o que não há.

Ai, meu Deus, onde é que fica
Um lugar de campos verdes
Pra esperança ver brotar?

Que destino é reservado
Pr'essa gente tão marcada,
Que não faz senão errar?

2013

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